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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

INSS quer que motorista infrator pague indenização a vítima de acidente de trânsito


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve ajuizar nos próximos dias as primeiras ações para o pagamento de indenizações a vítimas de acidentes de trânsito pelos motoristas infratores. A ideia é que eles tenham que arcar com os custos de auxílio-doença ou pensão por morte, por exemplo, informou hoje (28) o presidente da autarquia, Mauro Hauschild.

De acordo com ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) estuda a forma como será feita a cobrança. Segundo Hauschild, atualmente, o INSS gasta R$ 8 bilhões por ano com as despesas decorrentes de acidentes de trânsito. "Não é justo para a sociedade que o INSS, que arca com pesado déficit de suas contas para dar garantias aos segurados, tenha que custear essas despesas, causadas pela má conduta de motoristas que dirigem embriagados, em alta velocidade, provocando graves acidentes com vítimas, ou que trafegam na contramão.”

O presidente do INSS espera que o trabalho envolva a parceria do Ministério Público, da Polícia Rodoviária Federal, dos departamentos de Trânsito estaduais (Detrans), entre outros, para que os processos sejam bem embasados.

"Não se trata de sair procurando quaisquer acidentes culposos [para responsabilizar motoristas]. Não vamos nos aventurar a expor as pessoas a situações desnecessárias", ressaltou ele, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

O presidente do INSS observou que "essa transferência de responsabilização” já vem ocorrendo em situações envolvendo empresas que, por inobservância da lei, expõem empregados a riscos, acarretando mortes e lesões. Segundo ele, o instituto vem ganhando causas desse tipo, o que também deverá ocorrer no caso de motoristas que provocam acidentes de trânsito com vítimas.

Hauschild destacou que a medida terá caráter educativo, assim como a Lei Seca, que estabeleceu sanções como o pagamento de multa, a suspensão da carteira de habilitação e a prisão, para o motorista que é flagrado dirigindo embriagado. "As causas provocadas por irresponsabilidade, com certeza, têm que ser custeadas por quem assumir o risco de provocar mortes ou lesões", defendeu.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Polícia Civil desvenda esquema de venda de CNH no DETRAN de Rondônia

A Delegacia Especializada em Repressão a Furtos, Roubos, Extorsões, Seqüestro, Estelionatos e Outras Fraudes (Patrimônio) investigou e encontrou provas das práticas criminais de “inserção de dados falsos em sistema de informações; formação de quadrilha; corrupção ativa e passiva” no DETRAN de Rondônia.

O crime está sendo praticado por servidores do departamento junto com despachantes. Vários servidores e despachantes já foram intimados e ouvidos, também foram identificadas pessoas que pagaram de R$ 750,00 à R$ 1.500,00 para ter as CNHs “liberadas”. Muitas CNHs foram apreendidas nesta sexta-feira, 09, e segundo o delegado José Marcos Rodrigues Farias, que preside o inquérito, outros envolvidos já estão identificados e todos serão ouvidos.


O golpe
As CNHs não são falsas! O esquema, segundo foi apurado, favorece o aluno que conclui a parte teórica no centro de formação de condutor, mas é reprovado na prova prática ou não comparece para esta prova realizada por servidores do DETRAN.

O candidato tem a CNH “legalizada”, ou seja, os documentos estão nas mãos de funcionários do DETRAN que legalizam a papelada como se o aluno tivesse sido aprovado no prova prática. Assim, o candidato recebe a carteira como se tivesse cumprido todo processo de habilitação sem reprovação. Caso venha a ser parado em alguma blitz e a CNH seja verificada no sistema aparecerá sem restrições e totalmente legal.

O preço do esquema varia de R$ 750, 00 até R$ 1.500,00, e o dinheiro é dividido entre os servidores e despachantes. Com relação à participação de proprietários de auto-escolas e de centros de formação no esquema, nada foi divulgado pelo delegado, mas alguns estão sendo investigadas.

Os policiais interceptaram ligações telefônicas realizadas entre as partes envolvidas que comprovam a relação entre servidores, despachantes e candidatos. Os nomes dos envolvidos no golpe não foram divulgados porque ainda são considerados suspeitos.